Por Márcio de Souza
Vivemos numa sociedade onde a exigência é que as coisas sejam perfeitas, o que foge desse padrão, o que é normal é considerado feio. Não existe meio termo. Isso não é questão de excelência, mas uma ditadura do belo. As modelos tem que seguir o padrão, magérrimas; os caras tem que seguir o padrão, andrógenos cara quadrada, queixudos. Todo mundo de “carão”.
Sempre fui observador dos detalhes e apreciador do todo. Parece contraditório, mas não é. Uma pessoa aparentemente normal, se torna interessantíssima por conta dos detalhes observados. Inteligência, senso de humor, carisma, amor próprio, respeito, todas essas coisas são pontos importantíssimos para a derrocada da ditadura do belo.
Não adianta ser a junção de todas as “panicats” em termos de beleza e ser arrogante, desagradável e antipática. Não adianta ter a perfeição estética e um desvio de caráter monstruoso, no final, o que define tudo mesmo é o conjunto da obra e não as alegorias e adereços. A ditadura do belo não funciona com homens inteligentes! Gente inteligente antes de ver a bunda, vê o caráter.
Antes que alguém diga que beleza é fundamental, é preciso analisar de que ótica você está enxergando a pessoa. Se for um olhar superficial, qualquer uma serve, basta ter um corpinho bonitinho, rostinho angelical e o demônio no meio das pernas. Mas se for um olhar que não se deixa levar apenas por luxúria e lascívia, o conceito de “feio” e “bonito” é facilmente derrotado pelo conjunto da obra!
E no mais, tudo na mais santa paz!
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Márcio de Souza é pastor da Igreja Cristã da Aliança em Rio do Ouro e colaborador no Púlpito Cristão
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