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quinta-feira, 21 de julho de 2011
É tão difícil entender o Soberano
Até que eu entendo porque tantas pessoas de uns tempos pra cá têm se tornado Gondinistas (ou seja, seguidoras da visão teológica de Ricardo Gondim, que vê a soberania de Deus como algo relativo e dependente de nós, reles humanos). É que realmente é complicado por vezes entender como Deus pode estar no controle de tudo e tantas coisas aparentemente ruins acontecem. Estrupos, abortos, terremotos, erupções vulcânicas, assassinatos, guerras, fome, e até mesmo o simples e curto sofrimento que alguns de nós passamos por falta de algo que queríamos ou o fim de um relacionamento amoroso, seja lá o que for, nós ficamos as vezes pensando: como é que Deus é soberano e controla tudo e permite que tudo isso suceda?
Quando afirmamos com todas as letras "DEUS É SOBERANO E PRONTO", as vezes nos parece que Deus é um controlador de marionetes, que gosta de as fazer sofrer, tal como quem já leu algum dia o gibi do Homem-Animal constatou sobre esse personagem. Quando ele foi escrito pelo autor escocês Grant Morrison, o escritor colocou elementos que levavam os personagens a perceberem que eram PERSONAGENS e não pessoas reais, e portanto eram apenas seres escritos, que faziam tudo segundo a vontade do escritor. É uma visão bem assim que alguns vêem quando afirmamos que Deus sabe de tudo previamente e mesmo coisas erradas ocorrendo, Ele controla todas as coisas.
O problema em nossa mente limitada é que não enxergamos que em primeiro lugar Deus não é para ser questionado. Nunca um vaso chegou pro seu oleiro e disse "por que você me fez pra ser vaso de lixo e não de flores?" da mesma maneira que Bill Gates nunca viu seu Windows perguntar "por que você me fez assim e não como um Machintosh ou um Linux?" Em segundo lugar é saber que embora Deus saiba de tudo e esteja no controle de tudo, nós de fato somos responsáveis pelas escolhas que tomamos. Por isso, Ele está no direito extremo de nos julgar e até condenar por nossos rumos. Afinal, Ele sabe o destino de cada um de nós, mas nunca desejou que tomássemos o destino que leva ao inferno. Se caírmos no inferno, a culpa será exclusivamente nossa, independente da presciência Divina. Novamente digo: não devemos questionar essa soberania Divinal, nem colocar o Amor Eterno d'Ele como pretexto para justificar ou interpretar que Ele não está no controle do que ocorre de mal nesse mundo. Ele é amor, mas é justiça também, e Ele um dia há de julgar toda injustiça na Terra. Usar o amor de Deus pra tirar a soberania d'Ele é tão terrível quanto pensar que Ele não jogaria ninguém no inferno "porque Ele nos ama e jamais faria isso com quem ama". Esse tipo de justificativa torna Deus um "painaca" (mistura de pai com panaca), que tudo passa a mão na cabecinha do seu filhinho. Não. Ele por muito amar pune. E é melhor ser punido agora e consertar a tempo que receber a punição definitiva.
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