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sexta-feira, 15 de junho de 2012

A indigesta mensagem antiterrenal





"Jesus respondeu-lhes e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará, porque a este o Pai, Deus, o selou". (João 6: 26-27)

Jesus num certo dia foi à cidade de Tiberíades (João 6), onde uma enorme multidão subiu com ele até um monte, para ouvir sua mensagem e, mais que isso, ver e experimentar seus milagres. Não imaginavam eles que Jesus operaria um dos mais impressionantes sinais dos seus 3 anos e meio de ministério: alimentar com apenas 5 pães e 2 peixes cinco mil homens, afora mulheres e crianças, o que daria numa cifra aproximada talvez 30 mil pessoas.

Mas se achamos que o ponto alto de Cristo com esse sinal seria alimentar os povos com essa comida humana que perece, enganamo-nos. Jesus tinha como REAL objetivo levar aquelas pessoas que se saciaram do pão a SE SACIAREM DA PALAVRA DE DEUS, ou seja, SE SACIAR DELE MESMO. Não que Jesus seja realmente contra termos empregos ou não nos abençoaria com bençãos terrenas, mas que essa JAMAIS deve ser nossa meta em buscá-lo, pelo contrário, devemos buscá-lo por quem Ele é e não pelo o que Ele tenha a oferecer no sentido humano.

Vejamos pois a atitude daquele povo após o sinal realizado: por um pouco não tornaram Jesus um rei (vv. 14 e 15), mas logo se esqueceram disso e quando Jesus os repreendeu por sua gula e desejo de buscá-lo apenas para saciar a fome humana de cada um deles, eles já pediram se Jesus tinha algum outro sinal, algum que provasse que Ele era quem dizia ser (v. 30). No fundo o que eles queriam mesmo era que Jesus, como o Messias que eles fantasiavam, iria fazer cair o maná dos céus pra que não tivessem mais que se esforçar em saciar seus ventres (v. 31). Cristo de imediato mostrou que Ele não tinha que fazer descer pão perecível do céu, pois Deus havia mandado o pão verdadeiro, O PÃO VIVO que dá a vida por todos e dá vida eterna, ELE MESMO (vv. 32-35), só dependia de crerem em Sua Palavra.

Muitos desses não aceitaram essas palavras, considerando o discurso "duro", indigesto (vv. 60-66). Eles não queriam renunciar seu ser para Cristo, o real objetivo daquele povo eram as coisas dessa terra fétida e perecível. E quantos de nós não somos assim hoje em dia? Numa época em que muitos "pastores" ao invés de apregoarem essa mensagem, têm comichão dela, a escondem debaixo do tapete e ensinam as facilidades para o caminho do céu. Fazem diversas pessoas acharem que Jesus as promete coisas mirabolantes e impressionantes, bastando elas darem 900 reais, 911 reais, 1000 reais em 10 prestações, "lançando sua semente", ou pegando a rosa ungida, a água do Rio Jordão, a mini cruz, a meia ungida (e com chulé, rsrs) do Valdemiro Santiago... tudo pra conquistar bençãos. Nos tornam mais que vencedores e com poder de exigir do Senhor e determinar qualquer coisa, qualquer sonho que quisermos, porque nossos sonhos são os sonhos de Deus (que ultimamente segundo o raciocínio de muitos pastores aí andaria com sonambulismo, só ver os desastres que Ele não evitou, ou será que Ele não é onipotente mais, né Ricardo Gondim?). Hoje em dia o maior sinal de Jesus, o sinal do profeta Jonas, o sinal da crucificação que nos deu a vida eterna não tem mais a importância que outrora teve. Não, não, hoje em dia vale mais "sacrificar seus 5 pães e 2 peixinhos para obter 12 cestos cheios de pão". Agora mais vale ter multidões do que ver todos saírem e só ficarem aqueles que querem viver das Palavras de Vida Eterna (vv. 67-68).

Que Deus tenha misericórdia de nós como igreja, que esquecemos da importância de Cristo!

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