Pecados mortais estão em ação.
Se você teme que sua igreja esteja morrendo, pare de procurar culpados e comece a assumir a responsabilidade.
Primeiro, as boas notícias. A Igreja é o Corpo de Cristo. Ela não pode morrer. Sua cabeça é o Cristo ressurreto, o Rei de tudo que há e que há de vir. Ele leva seu povo, de um a um, para a glória eterna ao morrerem, para de lá esperar [aqui as palavras falham: como você espera por algo quando o tempo já não existe?] pelo dia do Senhor, “quando o céu e a terra serão um”.
Segundo, não são nem boas nem más notícias que sua igreja local possa morrer, porque isto não é nenhuma novidade. Sua igreja é uma comunidade de mortais; se eles morrerem e não forem substituídos, a igreja estará morta naquele local. O meio oeste rural norte-americano está marcado de cemitérios com nomes de igrejas locais que já não mais existem.
Algumas destas igrejas não morreram, na verdade. As pessoas vivas mudaram, mas sensivelmente deixaram o cemitério para trás. Isso pode ser triste, mas é uma parte da ordem natural da terra e geralmente fica tudo bem – se as pessoas foram cristãs em suas atitudes e comportamento durante a crise.
Agora vem as más notícias e elas são muito más. Uma igreja local pode morrer pela ação do inimigo – algumas vezes de fora, mas eu percebo por longa experiência que geralmente é de dentro.
Durante o processo de morte, muitos dos membros da igreja se tornam experts em nomear e culpar os inimigos de dentro e de fora da igreja. Eles geralmente ficam chocados e feridos ao descobrirem que fazem parte da lista de inimigos que outras pessoas estão fazendo, quando estão apenas pensando no bem da igreja!
Naturalmente, é inerente à expertise que os experts não concordem uns com os outros. Tem sempre um outro modo de ver as coisas. Neste aspecto, uma igreja que está morrendo se assemelha a um tribunal criminal no qual tanto a promotoria quanto a defesa apresentam depoimentos arranjados de “especialistas” para sustentarem o argumento. Em vez de lutar contra a enfermidade terminal que é o inimigo comum da igreja, terminamos lutando uns contra os outros.
Mesmo pessoas boas preferem apontar culpados do que assumir responsabilidades; eu conheço minhas próprias tentações a este respeito. Somos piedosos, auto-confiantes e seguros o bastante para lançar nosso peso ao redor em defesa da tradição da verdade. Temos boas intenções. Em meu próprio caso, levei a sério as palavras de minha filha quando ela observou, no meio de uma disputa de igreja: “Estou cansada de pessoas com boas intenções!” Fazer o certo sempre triunfa sobre as boas intenções.
Alguns descrentes com discernimento conseguem enxergar nossas reais motivações. Os chefes dos sacerdotes dos judeus eram alguns dos melhores homens no mundo de seus dias e Pôncio Pilatos era um dos piores; mas quando os chefes dos sacerdotes trouxeram Jesus a Pilatos, esperando uma sentença de morte, Pilatos viu que estes bons homens não tinham razão. “Vocês querem que eu lhes solte o rei dos judeus? “, perguntou Pilatos, sabendo que fora por inveja que os chefes dos sacerdotes lhe haviam entregado Jesus.” (Marcos 15.9-10 ênfase minha)
Inveja matou Jesus? Soa trivial, mas por que não? É um dos sete pecados mortais. Todos eles são assassinos se persistirem sem que haja arrependimento; este é o significado de mortal. Os pecados mortais matam. Cristãos e igrejas são espectadores ameaçados. Você não precisa procurar por razões sociológicas ou psicológicas quando um ou mais dos pecados mortais estiverem ativos em seu meio. Você não pode confessar os pecados de outras pessoas (que é o que acontece quando se tenta apontar e culpar), mas você deve confessar seus próprios se a igreja irá recuperar de seu estado terminal.
Aqui estão os sete, caso você necessite ser lembrado.
* Orgulho, quando se age em auto-justificação e determinação de fazer prevalecer seu próprio modo porque é o seu modo.
* Inveja, quando você está insatisfeito com seu lugar na igreja e age a partir de sua insatisfação para subverter aqueles que estão no lugar que você deseja estar.
* Glutonaria, quando você é consumido pelo seu consumo e fica sem tempo, energia ou vontade para mais nada.
* Cobiça, quando seu desejo físico por outro é sem amor e egoísta.
* Ira, quando direcionada para ferir e destruir a você mesmo ou outros.
* Avareza, quando seu único alvo é mais para você mesmo.
* Preguiça, quando não se está nem aí.
Pogo já foi citado inúmeras vezes: “Nós encontramos o inimigo, e ele somos nós.” Se sua igreja estiver morrendo, talvez seja sua vez de citá-lo.
Por Everett Wilson em Everett’s Version, 26 de Janeiro de 2011.
http://www.sandrobaggio.com/2011/02/08/sua-igreja-esta-morrendo/
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