O ator David Duchovny, 48 anos - que estrelou "Arquivo X", fez uma participação como o namorado maluco de Carrie em "Sex and the City" e hoje vive o escritor mulherengo Hank Moody, em "Californication" declarou que se internaria numa clínica para cuidar do seu vício em sexo.
Pois é, a sociedade a qual fazemos parte tem se caracterizado por uma frenética busca por sexo. O índice de pessoas dependentes de relações sexuais com variados parceiros é cada vez maior. Na verdade, indivíduos de todas as idades e de ambos os sexos, dedicam por parte do seu tempo pensando “somente naquilo.”
Tarados, pervertidos, ninfomaníacos, depravados. Estes são os rótulos comumente usados para definir pessoas que apresentam algum tipo de patologia do sexo. Já ouvi histórias de inúmeros indivíduos que em virtude da compulsão sexual que os escraviza, sofrem desesperadamente, lutando contra a imoralidade sexual.
De acordo com um estudo divulgado no ano passado pela UNIFESP, que ouviu 26 mil homens e mulheres, entre 40 e 80 anos, em 28 países, 75% dos brasileiros entrevistados afirmaram fazer sexo uma ou mais vezes por semana. A pesquisa também revelou que a idade média dos que sofrem de compulsão sexual é de 34 anos. A escolaridade do grupo é muito alta: 37% têm terceiro grau completo, 30% têm segundo grau completo e 15% tem terceiro grau incompleto.
Em 54% dos pacientes analisados foram apontados sintomas de transtornos psiquiátricos, como depressão ou ansiedade. Outros dados mostram que 41% dos perfilados têm parceiro fixo e que a média de parceiros sexuais de cada paciente é de 161 pessoas. Os pacientes apontaram como principal área de prejuízo a profissional (60%), a pessoal (45%) e a familiar (16%). Os dados que mais chamam a atenção - justamente por não serem tão aberrantes - apontam que, em média, cada paciente tem um parceiro por semana (que pode ser o mesmo), pensa em sexo 5 vezes por dia, tem 2,4 relações sexuais por semana, masturba-se 9,3 vezes por semana e tem uma média de 11,7 orgasmos por semana.
Diante de tempos tão difíceis como os que vivemos torna-se indispensável que a igreja evangélica se posicione audaciosamente contra a promiscuidade que tanto nos apavora. Além disso, é fundamental que anunciemos aos doentes da alma e da mente a maravilhosa noticia de que se é possível mudar de vida. Para tanto, é absolutamente necessário que proclamemos o evangelho da salvação eterna, o qual é tremendamente eficaz para libertar o ser humano de seus dramas, dilemas e sofrimentos.
Tenho plena convicção de que como cristãos, não devemos nos curvar diante da imoralidade que tem destruido parte da sociedade brasileira. Como discipulos de Senhor, temos por missão anunciar a esta geração, Cristo, o qual é unico capaz de satisfazer o vazio da alma transformando gemidos em esperança, escravidão em liberdade, doenças em saúde.
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Renato Vargens é pastor e especialista na área de familia e aconselhamento cristão. Ele também é colunista do Púlpito Cristão
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