Eu tenho um amigo. Um bom amigo. Um sujeito que aprendi a amar, como um 'irmão mais velho.' É um rapaz bastante querido pela minha família. E acredito que seja recíproco.
Além de ser uma pessoa talentosa na vida profissional, era um, digamos, 'bom cristão.' Bom marido, bom discipulador, bom conselheiro (ou aconselhador, como preferir), bom servo... Sabe, essas 'qualidades' presentes em boa parte das nossas congregações. Um espelho, um referencial a ser seguido.
Perdi a conta de quantas vezes o vi se desdobrando pelo ministério onde atuava. Fazia tudo o que estava ao seu alcance. Por várias vezes o acompanhei nessas atividades, vendo o desgaste ao qual ele se submetia. No caso, a 'correria' que era organizar algum evento, acampamento, confraternização de célula, evangelismo... Claro, nem tudo era festa. Já tivemos nossas discussões sobre diversas questões. Opiniões que divergiam, interpretações conflitantes, visões diferentes acerca de um mesmo tema.... Mas cá entre nós: quem nunca teve, né?
Mas aconteceu. Num momento em que tudo parecia bem.
Mas aconteceu. Num momento em que tudo parecia bem.
O surto. A crise. O rompimento.
Hoje, ele vive uma vida 'diferente.' Jogou tudo pro alto. Faz o que quer. E se sente 'bem.' Se sente 'feliz.' Novos amigos, novas situações... Um novo 'contexto' em sua vida.
Claro, de uma certa forma, ele está no seu 'direito.' Mas, nesses anos de caminhada como discípulo de Jesus, tenho aprendido que tal 'direito' é uma verdadeira falácia, que destina a pessoa em questão a caminhos cada vez mais complicados e tortuosos. E me faz pensar em alguns fatores, que podem ser resumidos em duas verdades:
Hoje, ele vive uma vida 'diferente.' Jogou tudo pro alto. Faz o que quer. E se sente 'bem.' Se sente 'feliz.' Novos amigos, novas situações... Um novo 'contexto' em sua vida.
Claro, de uma certa forma, ele está no seu 'direito.' Mas, nesses anos de caminhada como discípulo de Jesus, tenho aprendido que tal 'direito' é uma verdadeira falácia, que destina a pessoa em questão a caminhos cada vez mais complicados e tortuosos. E me faz pensar em alguns fatores, que podem ser resumidos em duas verdades:
a) 'Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o Reino de Deus.' (Jesus - Lc. 9:62)
Eu sei. Parece que estou 'pegando pesado.' Mas não consigo pensar em outra palavra que substitua essa verdade. É muito fácil agir como cristão, falar como cristão, parecer cristão. Mas está sendo muito fácil negociar a fé, mediante uma pressão, uma situação adversa, uma coação... A vida árdua de um arado está sendo substituída pela 'mecanização' do cristianismo pós-moderno, onde tudo é fácil, onde tudo é compreensível, onde tudo é válido. Claro, só não vale pecar, né?
Não, não é bem assim. Jesus deixou bem claro quais seriam os compromissos e desafios que teríamos ao seguí-Lo. Tribulações, perseguições, crises diversas. Frutos do mundo. Mas Ele venceu o mundo, e mediante essa vitória, podemos prosseguir rumo ao alvo, que é o próprio Jesus. Escolhas são situações que nos definem. Portanto, cabe a cada um de nós decidir se quer prosseguir na lida, ou desistir de arar.
Não, não é bem assim. Jesus deixou bem claro quais seriam os compromissos e desafios que teríamos ao seguí-Lo. Tribulações, perseguições, crises diversas. Frutos do mundo. Mas Ele venceu o mundo, e mediante essa vitória, podemos prosseguir rumo ao alvo, que é o próprio Jesus. Escolhas são situações que nos definem. Portanto, cabe a cada um de nós decidir se quer prosseguir na lida, ou desistir de arar.
b) 'O que a gente faz fala muito mais, do que só falar' (Fruto Sagrado)
Eu escutei a música e a frase em questão há um bom tempo atrás. Sabe uma daquelas frases/citações que ficam adormecidas na sua mente, mas que volta-e-meia latejam? Pois é. 'Viver o que se prega' está cada mais difícil. Se contradizer está cada vez mais fácil. Ainda mais em nossos dias. Mas a grande verdade é: o que estamos pregando provém dos céus? Ou é discurso nosso mesmo? Meu pai uma vez me ensinou: 'o que pregamos tem que fazer morada e diferença na nossa vida primeiro.' E isso faz toda a diferença, quando a mensagem lançada através das nossas vidas, encontra um receptáculo em outras vidas.
Um arado cego não serve para o trabalho, sob o risco de não se criar um sulco profundo o suficiente, para a semente ser plantada e germinar da maneira correta, longe das intempéries da natureza. E isso fica muito claro, quando vemos pessoas fraquejando em seus próprios ensinamentos. Claro que me incluo nessa. Afinal, não sou melhor que ninguém. Mas ser discípulo é viver da Verdade. Se alimentar da Verdade. Fazer com que ela seja o seu combustível, a 'arma' para alcançar outras pessoas para o Reino. De uma forma plena, fiel e digna de aceitação.
Em suma: viver o Evangelho é mais sério do que parece. Ser discípulo de Jesus é muito mais do que tocar, pregar, liderar um grupo, carregar as cadeiras do templo. Arar a terra do coração é realmente desafiador. O que você se dispõe a fazer?
Que Deus te abençõe!
P.S: se porventura você ler este texto, meu amigo, saiba: eu te amo muito. Minha família te ama muito. O Pai te ama mais do que o mundo inteiro. E esperamos, junto à Ele, o seu retorno à sua verdadeira casa e família. Por favor, não demore. A falta que você faz é muito grande.
Que Deus te abençõe!
P.S: se porventura você ler este texto, meu amigo, saiba: eu te amo muito. Minha família te ama muito. O Pai te ama mais do que o mundo inteiro. E esperamos, junto à Ele, o seu retorno à sua verdadeira casa e família. Por favor, não demore. A falta que você faz é muito grande.
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